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Crise econômica fecha ao menos 55 planos de saúde no Brasil

12 de agosto / 2016
Jornais e Revistas

Jornal Correio Braziliense

12/08/2016

Pequenas operadoras de saúde são as principais afetadas. Rodrigo Araújo, sócio fundador da ACJ Advocacia, explicou ao Jornal que pequenas e médias operadoras têm mais dificuldades para se manter no segmento. Araújo também explicou que esse movimento de concentração do mercado já era visível antes mesmo da crise.

Jornal Correio Braziliense – 12/08/2016

Pessoas atendidas por convênios falidos enfrentam dificuldade de migrar para outras empresas

postado em 12/08/2016 06:00 / atualizado em 12/08/2016 07:14

Hamilton Ferrari – Especial para o Correio, Marlla Sabino – Especial para o CB

Nos últimos cinco anos, de cada cinco operadoras de planos de saúde, pelo menos uma fechou as portas. Nesse período, o número de seguradoras caiu de 1.037 para 800, segundo levantamento feito pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Só no primeiro semestre deste ano, 55 empresas encerraram as atividades. Ou seja, 6,4% das companhias do setor saíram do mercado. Elas ficaram sem condição de operar porque os clientes, devido à crise econômica, que aumentou o desemprego e diminuiu a renda, não estão conseguindo arcar com os altos reajustes das mensalidades. Nos últimos 12 meses, os planos perderam 1,6 milhão de consumidores.

Mesmo quem tem condições de continuar pagando por um plano de saúde acaba sendo prejudicado pela falência das empresas. A maioria dos consumidores tem dificuldades para encontrar uma nova prestadora de serviço que ofereça condições equivalentes de atendimento e de preço. Pelas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os clientes de uma operadora que fecha as portas podem ser transferidos para outra em melhor situação. Muitas vezes, porém, as grandes operadoras do setor se recusam a fazer isso alegando que as carteiras têm alto índice de inadimplência.

Rodrigo Araújo, advogado e especialista em planos de saúde, destacou que, como os problemas afetam mais gravemente empresas de pequeno e médio portes, o resultado vem sendo a concentração cada vez maior do setor. “A quantidade de seguradoras diminuiu e o mercado está ficando nas mãos das grandes empresas”, explicou. Esse movimento já era visível antes mesmo do agravamento da crise econômica devido ao alto custos para atender as necessidades dos clientes e cumprir as exigências dos órgãos reguladores.

Araújo afirmou que, quando uma operadora de planos de saúde declara falência, os beneficiários, legalmente, têm o direito de serem transferidos para outra prestadora, sem cumprir prazos de carência. É a chamada portabilidade, que, na prática, nem sempre funciona. “É um processo tormentoso. Na maioria dos casos, os clientes não ficam satisfeitos com o novo serviço”, ressaltou Araújo.
 
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